Um triângulo

"Dar a mão a alguém foi sempre o que eu esperei da alegria"
Eu vi um triângulo incompreensível,
E estou certa de que o vi.
Porque ver nem sempre é saber o que se vê
Ver não tem limite.
A visão de um triângulo incompreensível,
É a visão de um homem que tivesse três pernas,
E que por isso não andasse,
Que, ao contrário, estivesse imobilizado por uma esperança.
Estou tentando encontrar, estou tentando encontrar.
É que eu não alcançou um sentido para o que vi.
O que vi foge à qualquer representação,
À qualquer forma de linguagem conhecida dos homens.
A pobre inteligência, a artificial e esburacada inteligência humana,
Não pode apreender o sentido último desta hora tão primeira.
Eu vi algo que não sei para que serve,
Ou, o que seja
Ou, se é...
Eu invoco à sabedoria de todos os tempos,
E não encontro nada

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