MONSTRO QUE HABITA O INTERIOR DAS COISAS MACIAS
Quando eu te presentear com febres saberás que estou por
perto.
Meu desejo é vê-lo rastejando como um verme.
Meu deleite é vê-lo enlouquecendo aos poucos e entrando em
transe delirante.
Meus demônios te apalpam. Meus fantasmas o escalam.
Oh, como isso é prazeroso!
Te bebo pela garganta, sufoco teus dedos e lhe arranco os
olhos.
Me alojo com facilidade em sua mente e lhe domo.
Cravo minhas presas em teu passado e minhas garras ferem sua
alma.
Lhe tomo em meus braços e livro-te de tuas entranhas, como
uma marionete encurralada.
És meu escravo. Pó dos meus pés, poeira de minhas unhas.
És pele morta.
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