Música Alegre e um Cigarro
Percebi esta noite que gosto da Tristeza.
É uma noite como todas as outras para uma descoberta de tamanha grandiosidade. Um par de amigos para beber e conversar. A lua brilha no céu, em algum lugar, mas não a vejo de minha janela.
"Escuta esta música" disse meu amigo, já submetendo a todos na sala. A batida era rápida e dava para perceber que as vibrações tocavam a pele. Observei dois de meus amigos rindo levemente alcoolizados enquanto um estava no banheiro.
Algo ali não estava certo. Aquela vibração toda não ornava com meu sofá, a planta no canto ou as cortinas. Eu definitivamente não gostava daquela música.
Por que não gostei? Eles também quiseram saber. A resposta era muito fácil, mas senti-la brotar com todo o amargor em minha língua que a desenrolar para os convidados foi deveras difícil. "É alegre demais" respondi. Todos, inclusive eu, ficaram espantados.
Senti meu meu estômago enrolar, assim como o semblante de meus amigos. Ser alegre é um adjetivo que te obriga a gostar de algo, até eu sei disso, ninguém ali precisou me lembrar.
Foi então que percebi que sempre gostei de ter a Tristeza ao meu lado. Uma pitada de amargor em cada prato provado.
E está tudo bem, acredito eu. Será que deveria procurar algum profissional? Afinal, até o momento em que tive que responder aquela pergunta boba a Tristeza nunca me incomodou de forma nenhuma. Pelo contrário, sempre me fez companhia, quando tudo é quente e caloroso foi sempre ela que me serviu um copo bem gelado para me sentir melhor.
É tão mais confortável agasalhar-se no frio do que o desesperador sentimento de calor e não ter como se refrescar. Aquela noite estava friozinho, gostava da companhia de meus amigos mas aquela música ultrapassou a tolerância de meu termômetro.
Trocaram a música para algo mais palatável, fui à sacada e saquei um cigarro, encarando as poucas estrelas que decoravam minha noite. Brindei a elas, à minha amiga Tristeza e à Lua, onde quer que estivesse.
É uma noite como todas as outras para uma descoberta de tamanha grandiosidade. Um par de amigos para beber e conversar. A lua brilha no céu, em algum lugar, mas não a vejo de minha janela.
"Escuta esta música" disse meu amigo, já submetendo a todos na sala. A batida era rápida e dava para perceber que as vibrações tocavam a pele. Observei dois de meus amigos rindo levemente alcoolizados enquanto um estava no banheiro.
Algo ali não estava certo. Aquela vibração toda não ornava com meu sofá, a planta no canto ou as cortinas. Eu definitivamente não gostava daquela música.
Por que não gostei? Eles também quiseram saber. A resposta era muito fácil, mas senti-la brotar com todo o amargor em minha língua que a desenrolar para os convidados foi deveras difícil. "É alegre demais" respondi. Todos, inclusive eu, ficaram espantados.
Senti meu meu estômago enrolar, assim como o semblante de meus amigos. Ser alegre é um adjetivo que te obriga a gostar de algo, até eu sei disso, ninguém ali precisou me lembrar.
Foi então que percebi que sempre gostei de ter a Tristeza ao meu lado. Uma pitada de amargor em cada prato provado.
E está tudo bem, acredito eu. Será que deveria procurar algum profissional? Afinal, até o momento em que tive que responder aquela pergunta boba a Tristeza nunca me incomodou de forma nenhuma. Pelo contrário, sempre me fez companhia, quando tudo é quente e caloroso foi sempre ela que me serviu um copo bem gelado para me sentir melhor.
É tão mais confortável agasalhar-se no frio do que o desesperador sentimento de calor e não ter como se refrescar. Aquela noite estava friozinho, gostava da companhia de meus amigos mas aquela música ultrapassou a tolerância de meu termômetro.
Trocaram a música para algo mais palatável, fui à sacada e saquei um cigarro, encarando as poucas estrelas que decoravam minha noite. Brindei a elas, à minha amiga Tristeza e à Lua, onde quer que estivesse.
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